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Proteger o território, dar estabilidade à governação e preparar o futuro com responsabilidade

A autarquia quer potenciar a sua relação com o mar, manter investimentos, reforçar serviços municipais e manter uma gestão transparente.

1. Na autarquia há uma relação óbvia com o mar que influencia a morfologia urbana e, no limite, a vivência dos munícipes. Entre os desafios que se levantam e levantaram, como tem a câmara tem acautelado e promovido esta ligação?

A ligação de Espinho ao mar é um dos traços mais marcantes da identidade do nosso território. É uma relação que influencia a morfologia urbana, o desenho da cidade, a vivência dos espaços públicos e até o modo como os espinhenses se relacionam com o seu concelho. O mar faz parte de quem somos — e, por isso mesmo, foi sempre tratado por este executivo como uma prioridade política e estratégica. Continuamos a manter o foco no essencial: proteger o território, dar estabilidade à governação e preparar o futuro com responsabilidade. E foi nesse espírito que reforcei a importância da nossa relação com o mar – não apenas como ativo natural e turístico, mas como eixo estruturante do desenvolvimento sustentável de Espinho. Hoje, Espinho tem uma relação com o mar mais estruturada, mais protegida e mais preparada para os desafios do futuro.

2. Espinho acolhe inúmeros eventos no âmbito da cultura e do desporto. Como participa e se envolve a autarquia e como olha para o futuro neste âmbito?

Espinho tem uma tradição firme na cultura e no desporto. Ao longo das décadas, a cidade construiu uma identidade própria a partir da sua atividade cultural, dos seus eventos desportivos de referência e do dinamismo das suas associações. A cultura e desporto não são “complementos” na governação municipal. São, na verdade, pilares essenciais da coesão social, da qualidade de vida e da afirmação de Espinho no plano regional e nacional. Foi com essa convicção que mantivemos e reforçámos a programação cultural, assegurámos os apoios às associações locais e relançámos investimentos há muito esperados. Criámos condições, desburocratizámos processos, mantivemos diálogo constante com os agentes culturais e desportivos e reforçámos os laços com as escolas, clubes e associações. Esta proximidade foi essencial para que Espinho não perdesse a sua vitalidade. Tudo aquilo que hoje se faz em Espinho nestas áreas tem por base o esforço de reerguer uma autarquia num tempo muito adverso. Foi com esse espírito que garantimos que a cultura e o desporto continuassem vivos, ativos e ao serviço de todos.

3. Independentemente de quem conquistar a câmara, quais deveriam ser as prioridades do próximo mandato?

A primeira prioridade deve ser garantir a execução integral dos investimentos e financiamentos já aprovados e contratualizados. A segunda prioridade deve ser o reforço da capacidade de resposta dos serviços municipais. Herdámos uma estrutura fragilizada, com dificuldades operacionais e recursos humanos exaustos. Mesmo assim, reorganizámos serviços, retomámos a atividade e reforçámos áreas como a higiene urbana, os espaços verdes e a manutenção de infraestruturas. A terceira prioridade é, inevitavelmente, continuar a resolver os problemas do dia a dia das pessoas. Por fim, é fundamental manter uma gestão transparente, de proximidade e com sentido de serviço público. O que fizemos neste mandato não foi apenas recuperar uma autarquia – foi reconstruir um vínculo entre a Câmara e os cidadãos. Esse caminho precisa de ser respeitado e aprofundado. E o que está em causa não é apenas quem lidera – é se continuamos ou não a trilhar um caminho sério, estável e com futuro.

Maria Manuel Cruz

Presidente da Câmara Municipal de Espinho