Promover a Bairrada é promover a nossa história, o nosso produto e a nossa paisagem
A localização de Oliveira do Bairro, a par da componente ambiental, natural e cultural da região Bairrada, tem sido uma alavanca para o desenvolvimento e investimento no concelho.
1. De que forma a localização de Oliveira do Bairro, entre Aveiro, Porto e Coimbra, pode ou deve ser potenciada? O nó de acesso à A1 é essencial?
A localização privilegiada nesse eixo tem sido uma alavanca estratégica para o desenvolvimento económico. Este executivo valorizou-a como marca através de “Oliveira do Bairro, no Coração da Bairrada” e aproveitou esse posicionamento para atrair investimento e reforçar a competitividade das zonas industriais, através de um plano consistente de requalificação viária e expansão empresarial. A nova ligação à A1, cujo compromisso foi assumido pelo Governo, é decisiva para consolidar essa estratégia – não apenas para empresas e logística, mas também para a mobilidade dos cidadãos. Trata-se de uma infraestrutura estruturante que permitirá potenciar o papel do concelho na economia regional. Esta aposta, aliada à requalificação da EN335 e à melhoria das ligações entre zonas industriais e à A17, integra uma visão clara do atual executivo: promover Oliveira do Bairro e o seu território, como local privilegiado para investir, trabalhar e viver.
2. Há um interesse crescente na viticultura com a região da Bairrada a assumir-se como diferenciadora e com vinhos de qualidade. O que falta fazer para promover o património natural e cultural da Bairrada?
A identidade da Bairrada está profundamente ligada à vinha, ao vinho e ao território. O atual executivo tem vindo a valorizar o património natural e cultural do concelho com ações concretas: a requalificação do Complexo Museológico da Cerâmica Rocha, a criação de percursos pedonais e cicláveis junto ao rio Levira, o reforço da oferta museológica e o investimento na regeneração urbana das vilas são apenas alguns exemplos. No entanto, para que se afirme como destino de excelência, é fundamental intensificar a promoção da marca “Bairrada” em parceria com produtores e agentes culturais. É preciso criar eventos diferenciadores, aproveitar o potencial do enoturismo, integrar roteiros turísticos e culturais e reforçar a articulação intermunicipal. Promover a Bairrada é promover a nossa história, o nosso produto e a nossa paisagem – e é nesse sentido que temos vindo a trabalhar.
3. Independentemente de quem conquistar a câmara, quais deveriam ser as prioridades do próximo mandato?
O próximo ciclo autárquico deve consolidar o caminho iniciado pelo executivo atual, com foco em quatro áreas prioritárias: desenvolvimento económico, coesão social, educação de qualidade e sustentabilidade. A requalificação e alargamento das Zonas Industriais, assim como na contínua intervenção na rede rodoviária concelhia, por forma a valorizar este instrumento de competitividade. A continuidade da Estratégia Local de Habitação, com um investimento previsto de 6 milhões de euros, é essencial para garantir habitação condigna às famílias. A modernização do parque escolar, já em curso com projetos como a requalificação da Escola Secundária, deve ser aprofundada. Na área social, a criação do Campus da Idade Maior e o reforço dos programas de apoio às famílias, idosos e migrantes devem manter-se como pilares. Finalmente, as metas ambientais – com aposta em mobilidade suave, eficiência energética e comunidades energéticas – não podem ser descuradas. Mais do que nunca, o concelho precisa de uma liderança que saiba aproveitar os fundos do PT 2030 e PRR, e que mantenha a visão estratégica que tem sido marca deste executivo.