Os investimentos demonstram o compromisso do município com um território mais moderno, inclusivo e sustentável
Obras estruturantes, como a rede de água, estão no centro das políticas públicas. As apostas passam pela habitação acessível, sustentabilidade, educação e valorização cultural.
1. Lagoa tinha uma série de empreitadas a decorrer entre habitação, infraestruturas e espaço urbano. Já é possível fazer um balanço?
É possível fazer um balanço muito positivo das empreitadas em curso, nas áreas da habitação, infraestruturas e requalificação urbana. Estamos a concretizar um investimento superior a 10 M€ em obras estruturantes que visam melhorar a qualidade de vida da população. Entre os projetos estão a ampliação do Reservatório de Água das Sesmarias, a implementação de Zonas de Medição e Controlo (ZMC’s) na rede de água, a construção de 43 fogos de habitação social, o novo Parque Urbano do Parchal e requalificações como o jardim do Largo Dom João II, ruas em Porches e Estômbar, e a rede de iluminação em várias freguesias — com mais de 60% do território já coberto por luzes LED, além de diversas pavimentações. Estes investimentos confirmam o compromisso do município com um território mais moderno, inclusivo e sustentável. O objetivo é claro: preparar Lagoa para o futuro e reforçar o orgulho dos lagoenses.
2. O tema da água está em cima da mesa, apesar de este mais importante para o Algarve neste domínio?
A água é absolutamente central para o futuro do Algarve e deve manter-se como prioridade estratégica. É essencial garantir uma gestão eficiente, sustentável e articulada dos recursos hídricos. Isso implica reforçar a reutilização de águas residuais tratadas, apostar em fontes alternativas — como a dessalinização —, modernizar redes de abastecimento para reduzir perdas e promover uma cultura de uso responsável entre população, agricultura e turismo. Em Lagoa, damos o exemplo com medidas como substituição de sistemas de rega por soluções mais eficientes, sensores de consumo e investimento em espaços verdes de baixa manutenção. Mas esta missão exige esforço conjunto, coordenado a nível regional e nacional. A água é um bem essencial e finito. Trabalhar com responsabilidade hoje é garantir que não falte amanhã — nem à população, nem à economia regional.
3. Independentemente de quem conquistar a câmara, quais deveriam ser as prioridades do próximo mandato?
É fundamental manter o foco no que realmente importa para Lagoa e os lagoenses. A habitação acessível deve continuar a ser prioridade, garantindo que famílias, jovens e trabalhadores possam viver com dignidade. A sustentabilidade, especialmente na gestão da água e adaptação às alterações climáticas, deve estar no centro das políticas públicas. A educação e a valorização cultural são também essenciais. Avançámos na promoção da educação, cultura acessível, ação social, desporto inclusivo, turismo sustentável e qualificação do espaço público — e é crucial dar continuidade a este trabalho. Reforçar a coesão social e territorial, garantindo desenvolvimento equilibrado nas freguesias, com qualidade de vida e acesso a serviços, é outro desafio. Acima de tudo, é preciso manter uma governação próxima, participativa e transparente — ouvindo, respeitando e agindo com responsabilidade e visão de futuro.