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A floresta e o setor primário são pilares de desenvolvimento

A floresta e a biodiversidade são uma realidade que a autarquia não esquece. Mas a ideia também passa por atrair empresas, criar empregos e promover a qualidade de vida.

1. Na estratégia da autarquia está a qualidade de vida como forma de atrair investimento. O que foi feito nestes últimos anos de mais importante para potenciar esta qualidade de vida?

Desde logo, a aposta no pilar fundamental que é a educação. O nosso principal desafio, do concelho de Proença-a-Nova, de toda esta região, e do país, tem sido a demografia e, assim, atrair pessoas e ter capacidade de promover a sustentabilidade. A qualidade de vida vive-se em Proença-a-Nova por via daquilo que é o contacto direto com a natureza, com as suas gentes, mas o pilar fundamental relativamente a qualquer sociedade que se quer desenvolvida é a educação. E foi uma estratégia que desenvolvemos ao longo dos anos, relativamente ao apoio ou incentivo dessa mesma educação e na criação de condições diferenciadas para os nossos alunos. Há 20 anos tínhamos uma zona industrial que estava limitada, não tinha por onde crescer e, durante estes anos, adquirimos um espaço novo que hoje já se traduz, quer do ponto de vista empresarial, quer da sua empregabilidade, em mais de 150 postos de trabalho em várias empresas. A zona industrial de Proença-à-Nova está a ser objeto do projeto de ampliação e, portanto, criando condições para as empresas terem capacidade de se instalarem.

2. A criação de emprego tem sido a maior dificuldade?

Temos sempre mais dificuldades que outras zonas do país, mas temos conseguido criar empregos e trazer novas empresas. Já vamos com mais de 10 empresas novas, com maior ou menor dimensão, mas que configuram, do ponto de vista de empregabilidade, para cima de 300 postos de trabalho. Sentimo-nos, sinto-me, orgulhoso deste caminho e daquilo que foi a estratégia realizada ao longo do tempo para criar esta condição.

3. Independentemente de quem conquistar a câmara, quais deveriam ser as prioridades do próximo mandato?

Não tenho dúvidas de que num concelho em que 80% do seu território é a floresta, ela é estrategicamente um pilar de desenvolvimento. E também o setor primário. Somos pioneiros relativamente às quatro áreas de intervenção que foram criadas em Proença-a-Nova, e lançaremos proximamente os concursos para a obra pública relativamente a esse perímetro. Para este quadro comunitário, temos a criação de um novo centro de competências na área do conhecimento da floresta e biodiversidade, também de alguma forma ligado também às alterações climáticas. Por outro lado, a habitação, a formação e a educação são fatores que nunca se podem retirar daquilo que são os objetivos estratégicos. Nos próximos anos, no médio prazo, relativamente às migrações, há um caminho a fazer de formação, de inclusão e de trabalho, para dar resposta, quer aos residentes, quer aos nossos jovens, mas também àqueles que procuram, no concelho de Proença-a-Nova e também nesta região, novas oportunidades de vida.

João Lobo

Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova